quarta-feira, 30 de janeiro de 2013


Há momentos na vida em que parece que as coisas me passam ao lado. Vivo as coisas, sou participante delas mas mantenho-me passiva, deixo as coisas fluírem ao sabor dos ventos e das marés. Sou rocha dura numa praia que enche no Verão de gente, de vida, de emoções e movimento; fico a observar, participo contribuindo para o cenário. De repente, e não sabendo como ou porquê o Inverno atinge aquela minha morada fustiga-me como se fosse castigo. Assisto impávida e serena e dentro de mim dá-se a revolta de não ter acompanhado aquela boa sensação de Verão, da ternura dos corpos que se tocavam, dos sorrisos das caras alegres, do pôr-do-sol alaranjado sob fundo azul esverdeado das águas calmas e quentes de Verão.

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