quinta-feira, 21 de março de 2013

No dia Mundial da Poesia...um poema meu.

Apanhas-te todas as flores que encontras-te, mas deixaste-as cair pelo caminho, agora estás aqui à minha frente de mãos a abanar!
Tenho inveja das pedras da calçada que estão agora enfeitadas pela bonita cor de pétalas aveludadas. E a chuva virá e o vento soprará e com eles irão as pétalas. Mas por muita chuva, vento ou tempestade que venham, tu não irás porque eu te darei abrigo, debaixo do meu chapéu de chuva.
Apanhaste todas as flores que encontras-te, mas deixaste-as cair pelo caminho, agora estás aqui à minha frente de mãos a abanar.
Seguro essa tuas mãos com as minhas, beijo-as suavemente, roço o meu rosto na sua palma, como gata pedindo carinho e atenção. Olho-as e venero-as, beijo-as novamente e desenho nelas um coração, o meu coração que é teu.
Apanhaste todas as flores que encontraste mas deixaste-as cair pelo caminho, agora estás aqui à minha frente de mãos a abanar.
Olho nos teus olhos meigos, leio nos teus lábios uma desculpa. Toco-te suavemente com os meus dedos na boca, puxo-te pelo pescoço fazendo-te deitar no meu colo, afago-te o cabelo, abraço-te profundamente. Quero que sintas o conforto do meu calor que te protegerá do vento feroz que te levou as rosas, e que te acolherá sempre, mesmo que chegues de mãos a abanar.
Apanhaste todas as flores que encontraste mas deixaste-as cair pelo caminho, agora estás aqui à minha frente de mãos a abanar!
Reparo numa pétala que ficou no teu casaco, recolho-a com cuidado, abro os três botões cimeiros da minha blusa e guardo-a no meu peito, para que fique resguardada no calor do meu coração ateado por ti.

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